Em razão da greve dos profissionais da educação deflagrada no final de maio, professores e pais de crianças matriculadas na creche estadual Maria Eunice Duarte de Barros pediram ajuda ao Governo nesta quinta-feira (6) para manter a instituição aberta. O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, foi quem recebeu o grupo no Palácio Paiaguás.
“É uma situação complicada. Estamos pedindo ajuda porque queremos somente trabalhar, atender as crianças, a gente sabe que há crianças especiais que precisam desse momento. Também sou mãe, e entendo esse momento difícil que estamos passando”, explica a professora Vanessa Ciziane, que atua na creche há cerca de três anos.
Apesar da deflagração de greve, grande parte dos profissionais da unidade educacional não aderiram ao movimento e mantiveram o atendimento a 286 crianças de 2 a 6 anos, incluindo crianças especiais. Por outro lado, pais e mães estão preocupados com a situação gerada aos seus filhos.
Kleber Dias Ferreira, pai de gêmeos matriculados na unidade Nasla Joaquim Aschar, que também não aderiu a greve, conta que a família terá dificuldades em cuidar dos filhos caso não possam ser atendidos pela creche. Uma das crianças precisa de atendimento educacional especializado (AEE) por conta de uma deficiência motora.
“Nós que temos parentes e que podemos pedir ajuda conseguimos lidar com a situação, mas há pais que não têm esse apoio, então estão pagando outro local para poder deixar seus filhos e poderem trabalhar”, ressalta. Ele também se mostra contrário a reposição futura de aulas nos finais de semana, visto que o momento é o período de interação e contato das crianças com suas famílias.
O governo irá encaminhar as demandas apresentadas pela comunidade escolar para análise da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Uma reunião entre os pais e professores deve ser agendada com o procurador-geral do Estado, Francisco Lopes.
