Com hotel, lago artificial e quatro campos, o Centro de Treinamento Manoel Dresch é o passaporte do Cuiabá para se manter na elite do futebol brasileiro. É nisso que aposta o presidente Cristiano Dresch, filho de Manoel, que morreu em fevereiro do ano passado e foi um dos idealizadores do projeto do clube.
Fundado em 2001 por Gaúcho, ex-jogador do Flamengo e Palmeiras, o Cuiabá foi comprado em 2009 pela empresa dos Dresch. A empresa familiar que comanda o clube nasceu dentro da Drebor, fabricante de material utilizado para recapear pneus fundada há mais de 30 anos.
O ge visitou as obras no CT - o terreno de 10 hectares (100 mil m²) foi comprado por R$ 5 milhões - para mostrar o avanço na estrutura que sediará um dos três times que nunca caíram para a Série B do Brasileirão - junto a Flamengo e São Paulo, que nunca disputaram a Segundona. O Cuiabá disputou pela primeira e única vez a Série D em 2011, ficou seis anos na C e conquistou o acesso da B para a A em 2020.
- O CT é o maior passo da história do clube. É um passo para transformar o Cuiabá num outro patamar de clube - aposta Cristiano Dresch, que paga ao empreiteiro R$ 1,3 milhão por mês para tocar a obra.
Apesar dos altos investimentos - o que inclui salários altos no elenco, como do atacante Deyverson e do goleiro Walter -, Cristiano Dresch diz que a dívida do Cuiabá "é quase zero" e lembra que o clube teve a maior arrecadação da sua história em 2023.
O time principal já faz treinos no local, mas as obras estão em andamento. O clube prevê concluí-las no fim deste ano, quando espera ter um dos melhores centros de treinamentos do Brasil. A estrutura é inspirada, principalmente, nos CTs de Palmeiras, Atlético-MG, Corinthians e Athletico-PR.
- A maioria das pessoas, a nível nacional, não conhece isso aqui. Não imaginam onde a gente treina, o que o Cuiabá está fazendo. Então, a partir do momento em que isso aqui estiver pronto, a gente vai dar um passo maior ainda para conseguir se manter dentro dos melhores clubes do Brasil - afirma o presidente do Cuiabá, que deseja tornar o CT um chamariz para atração e retenção de talentos.