A rivalidade entre o governador Mauro Mendes (UB) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), continua travando o asfaltamento de 11 bairros na Capital. Enquanto o prefeito não dá autorização para que o governo execute as obras, o Executivo do Estado é taxativo: não vai liberar a verba para que as obras fiquem sob responsabilidade direta da prefeitura. O imbróglio já dura seis meses.
"Não tem conversa fiada. Nós recebemos os projetos da prefeitura em doação para o Estado fazer a obra. Recebemos, analisando. Foi, voltou, analisou, corrigiu, aprovou. Aprovou os projetos que foram transferidos da prefeitura para o Estado, o Estado licitou a obra. Agora, a prefeitura não dá a autorização para a gente iniciar as obras. Não posso assinar o contrato. Simples assim. Assim que autorizar, as obras vão começar. Dinheiro para a prefeitura, o Estado não vai passar. De Cuiabá, não", enfatizou o governador Mauro Mendes nesta sexta-feira (2).
No outro extremo, o prefeito Emanuel Pinheiro também não parece disposto a ser flexível com relação à atribuição de execução das obras. Isso porque, segundo ele, caso forem executadas pelo Estado, não há garantias da qualidade do asfalto que será entregue à população cuiabana. Pinheiro também questiona a resistência com relação aos repasses para Cuiabá, sendo que a execução das obras ficará a cargo dos municípios em outras cidades contempladas.
O asfaltamento dos bairros Jardim Fortaleza, Novo Tempo, Parque Amperco, Novo Milênio, Campo Verde, Planalto, Jardim Aroeira, Novo Horizonte, Osmar Cabral, Tancredo Neves e Alto Boa Vista faz parte de um pacote de investimentos de R$ 238 milhões em obras de infraestrutura na baixada cuiabana. Somente no asfaltamento dos 11 bairros de Cuiabá, o investimento é de R$ 56 milhões.