a ambientalista Marina Silva
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, sob a gestão da ambientalista Marina Silva, descartou a possibilidade de transferência do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) para a gestão do estado de Mato Grosso. “O MMA tem todo interesse em firmar parcerias em prol da consolidação do parque e do seu entorno, mas que não identificou razão para passar a gestão para o nível estadual”, diz trecho da manifestação do MMA.
A informação foi publicada em primeira mão pelo Jornal A Gazeta, que circulou nesta quinta-feira (9), em reportagem de Ulisses Laio, que obteve resposta por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Na resposta enviada ao veículo de comunicação, o MMA cita que chegou a receber o governador Mauro Mendes (União) e comitiva, “ocasião em que apresentou o interesse de que a licitação da concessão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães fosse interrompida, uma vez que a empresa Parques Fundos de Investimento de Participação e Infraestrutura (MTPar) foi desclassificada”.
O Ministério diz ainda que a licitação, que sagrou vencedor Parques Fundo de Investimento em Participações (FIP), seguiu todas as regras do certame e a legislação, sendo, inclusive, fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União, “que não encontrou razão para a suspensão”.
Conforme já informado, o FIP foi o vencedor do leilão de concessão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. O fundo apresentou proposta de R$ 1,009 milhão, 9% superior ao valor mínimo de R$ 925.809,42 definido em edital.
O novo concessionário deve investir em torno de R$ 220 milhões em obras de infraestrutura, melhorias no atendimento ao público, monitoramento da biodiversidade e ações destinadas à dinamização das economias locais das cidades do entorno do parque. A concessão tem duração de 30 anos.
PEDIDO DE MENDES
No início desta semana, o governador Mauro Mendes enviou ofício ao presidente Lula (PT) requerendo a transferência da gestão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães para o governo de Mato Grosso.
Mendes relatou que o mesmo pedido tem sido feito há anos ao governo federal, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas foi negado sob a sinalização de que haveria uma concessão do parque à iniciativa privada.
Mendes apontou que a concessionária que ganhou o direito de exploração da unidade de conservação terá o direito de cobrar pelo acesso ao parque e que a tarifa pode chegar a R$ 100.