A IMPRENSA DE CUYABÁ

Sábado, 01 de Abril de 2023, 16h:28

Em 4 dias, Mato Grosso teve 3 denúncias de professores que assediaram e abusaram de alunos

Casos foram registrados em Cáceres, Cuiabá e Lucas do Rio Verde. Dois foram presos e um afastado.

JOÃO AGUIAR DO REPÓRTER MT

 

carro policia na rua

 Um professor foi preso pela Polícia Civil acusado de praticar abusos contra ao menos três crianças de 8 anos

Entre a última sexta-feira (24) e segunda-feira (27) três professores da rede pública de Mato Grosso foram acusados de assédio e abuso sexual contra crianças, dois foram presos e um apenas afastado. Dois casos foram na rede estadual, e um deles foi na municipal. Isso ligou um alerta aos pais, que ficaram preocupados com a situação.

O primeiro caso divulgado, ocorreu em Cáceres (225 km de Cuiabá). Um professor da Escola Estadual Professor Joao Florentino Silva Neto, localizada no Distrito do Caramujo, foi afastado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) acusado de assediar sexualmente quatro meninas com idades de 10 e 11 anos. Um inquérito na Polícia Civil foi aberto.

Outro caso aconteceu em Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá). O professor foi preso pela Polícia Civil acusado de praticar abusos contra ao menos três crianças de 8 anos, dentro de uma escola da rede municipal. Ele foi afastado pela Secretaria Municipal de Educação da cidade.

 

 O terceiro caso foi em Cuiabá. O docente acabou preso em flagrante pela Polícia Militar após assediar uma aluna dentro da sala de aula, na Escola Estadual Diva Hugueney de Siqueira Bastos. Ele também foi afastado do cargo pela Seduc.

Repórter MT conversou com líder do Núcleo de Mediação Escolar da Seduc, Patrícia Carvalho. Para ela, as denúncias aconteceram graças aos trabalhos do núcleo, que faz o trabalho preventivo nas unidades escolares do estado.

“O que provocou as denúncias recentes é o trabalho preventivo que a gente vem fazendo nas unidades escolares. As crianças estão se sentindo seguras em falar, as famílias estão percebendo também que isso não é normal”, explica.

Ainda segundo Patrícia, o trabalho do núcleo continua também após as denúncias, já que é oferecido apoio profissional para as vítimas. “Se infelizmente existem as denúncias, nós acolhemos. Temos equipe multiprofissional, composta por assistente social, psicóloga, para dar todo o apoio e encaminhamentos necessários”, salienta.

“E o servidor é afastado para que seja feito o processo investigativo, que as autoridades competentes fazem. Depois, são abertos os procedimentos legais quanto o que deve ser feito com o servidor”, completa.