O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), coronel Alexandre Mendes
O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), coronel Alexandre Mendes, citou, durante entrevista, os prédios em vulnerabilidade na região do centro histórico de Cuiabá como motivo dos pequenos furtos nos comércios locais e atribuiu à pratica criminosa aos "drogaditos" que ficam na região central.
Ele ainda tratou a pena para o crime de furto como "insignificante" e que as determinações da lei precisam ser revisadas.
"São prédios que têm muita vulnerabilidade. Sabemos que a maioria dos crimes de furto que ocorre são de 'drogadistas' (sic), pessoas que vivem em busca de objetos para serem trocados por drogas. Na região, existem muitos buscando (objetos) para serem subtraídos e trocados por entorpecentes", declarou o coronel Alexandre Mendes, em entrevista à Rádio Capital FM, nesta segunda-feira (19).
A reportagem especial do HNT desta semana contou a história de comerciantes da região do centro histórico que sofrem com constantes furtos nos grandes e pequenos estabelecimentos. Conversamos com dois empresários que atribuíram os furtos em suas propriedades aos moradores em situaçao de rua que vivem na região.
A Polícia Militar foi procurada e afirmou que as rondas são realizadas pela 21° CIA, localizada em frente à Prefeitura de Cuiabá, mas que a população de rua, que vive no centro e nas imediações do terminal rodoviário Engenheiro Cássio Veiga de Sá, a Rodoviária de Cuiabá, é muito grande e precisa de atenção do poders público.
Investimentos para o monitoramento com câmeras de segurança na região estão sendo realizados, conforme o comandante-geral. Além disso, ainda disse que é preciso atenção do poder público, em âmbitos municipal, estadual e federal, para tomada de medidas necessárias com relação à grande concentração dos moradores em situação de rua que ficam no Centro, alguns cometendo furtos e causando prejuízos.
O coronel Alexandre Mendes tratou a pena para o crime de furto como "insignificante" e que, por esse motivo, há muitas pessoas reincidentes na prática criminosa.
O artigo 155 do Código Penal Brasileiro determina a prisão de uma a quatro anos e multa para quem subtrair, para si ou outra pessoa, coisa alheia móvel. A pena pode ser aumentada em até 10 anos, caso a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego, como diz o inciso 7 do artigo. Contudo, no contexto do centro de Cuiabá, são pequenos furtos, como, por exemplo, de celulares.
"Não vê essas pessoas reclusas pelo crime cometido (furto), porque a pena é baixa no sistema jurídico brasileiro. É algo assustador, tem que ser revisto", finalizou.