A IMPRENSA DE CUYABÁ

Quinta-feira, 06 de Junho de 2024, 10h:25

Sessão sobre cassação de Edna começa sob protesto e sem presença da vereadora

Edna alega que o presidente da Câmara, Chico 2000, marcou a sessão plenária sem respeitar a antecedência de 24 horas para a notificação da defesa, de maneira irregular

RAYNNA NICOLAS E JOLISMAR BRUNO - HNT

protesto na camara cba

 

A sessão que votará a cassação da vereadora Edna Sampaio (PT) teve início sem a presença dela na manhã desta quinta-feira (6), na Câmara de Cuiabá.

O início da dessão chegou a ser adiado por falta de quorum. Nas galerias da Casa, alguns manifestantes protestam contra o que chamam de 'perseguição imoral'. 

Edna alega que o presidente da Câmara, Chico 2000, marcou a sessão plenária sem respeitar a antecedência de 24 horas para a notificação da defesa, de maneira irregular. 

"O Presidente Chico 2000 tenta encobrir a perseguição imoral e ilegal que faz a mim, usando uma narrativa falsa de que a vereadora não quis se defender no processo quando, na verdade, NÃO me foi permitida a defesa NOS TERMOS DA LEI", acusa Edna em trecho de nota divulgada na manhã desta quinta-feira.

Edna é acusada de praticar 'rachadinha' em desfavor da ex-chefe de gabinete Laura Natasha Abreu que relatou ter sido obrigada a devolver parte da verba indenizatória que recebia pelo cargo. Processo de cassação teve início ainda no ano passado e a petista chegou a perder o mandato, mas a cassação foi revertida judicialmente. 

A parlamentar nega as acusações e diz que o dinheiro era depositado numa conta conjunta para facilitar o controle dos gastos do gabinete. 

"Desde março do ano passado, tenho sido vítima de perseguição política, de abuso de autoridade dentro da Câmara, uma série de violências que, claramente, visam interditar meu mandato, me constranger, me adoecer, patrocinando um verdadeiro linchamento moral e, ao mesmo tempo, o estímulo aos discursos de ódio contra mim nas redes sociais", alega Edna. 

Nova Comissão Processante se baseou no Decreto de Lei 201/67 que, conforme os vereadores da Câmara de Cuiabá, permite o novo julgamento. Relatório pela cassação foi apresentado na segunda-feira (3).