PM-MT
Por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (4), o Comandante da Polícia Militar, Alexandre Mendes, afirmou que vai investigar a ação de militares durante uma abordagem em uma bar na Praça Popular, em Cuiabá.
A confusão terminou com a prisão de um defensor público e um procurador do estado, na noite de quarta-feira (3).
De acordo com informações da Defensoria Pública, o defensor André Rossignolo e um amigo, que é procurador do estado, estavam em um bar, após o jogo de Cuiabá Esporte Clube, quando um homem ensanguentado entrou no estabelecimento pedindo por socorro.
Em seguida, três policiais militares entraram no estabelecimento e imobilizaram o homem, que gritou por ajuda e afirmou que não conseguia respirar. Diante da ação dos militares, o defensor tentou intervir e pediu calma aos agentes.
Num primeiro momento é o defensor quem filma parte da ação, mas, na sequência, tem o celular apreendido pelos policiais. Entretanto, outra pessoa que estava no local também gravou um vídeo e, já num segundo momento, é possível ver o defensor e o procurador sendo detidos.
Já na Central de Flagrantes, segundo a Defensoria, o defensor público e procurador foram liberadas pelo delegado de plantão, que não encontrou provas de ocorrência de qualquer crime praticado por eles.
Veja a nota do Comandante-Geral da PMMT, Alexandre Mendes, na íntegra:
É com preocupação que assisto uma abordagem realizada nessa noite de quarta , dia 03, em um restaurante na praça popular. Embora o calor dos fatos deva ser observado para interpretar com justiça a ação policial, figura inconteste a ausência, em grau a ser apurado, do exigido pelo procedimento operacional padrão. Como medida imediata, instauramos a devida sindicância de modo a elucidar todas as condutas, ressaltando, por dever, o total compromisso da PMMT com a eventual responsabilização dos envolvidos na ocorrência, bem como nosso integral respeito e solidariedade aos possíveis cidadãos ofendidos, sejam eles operadores do direito como um dos abordados, sejam quem forem. Importa, sobretudo, esclarecer os fatos em proveito à nossa tropa que trabalha sem olhar cargos ou sobrenomes, sempre tecnicamente.
Saliento, por derradeiro, que sempre serei o primeiro a defender minha tropa quando atacadas de forma injusta, mas, o primeiro a cortar na própria carne caso necessário, especialmente àqueles PMs que agirem de forma truculenta e contrária às normas vigentes. Pois é intolerável ações que possam macular a imagem institucional da PMMT. De nossa parte, independente de quem seja, doa a quem doer e sem qualquer corporativismo, a verdade dessa lamentável ocorrência será esclarecida.