A IMPRENSA DE CUYABÁ

Segunda-feira, 04 de Novembro de 2024, 18h:14

Desembargadores do TJMS ignoram ordem de tornozeleira

Magistrados afastados em MS não se apresentam para a instalação dos dispositivos eletrônicos.

Conexão Política

trib justica ms

 

Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) estão neste momento ignorando uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que exigiu o uso de tornozeleiras eletrônicas para monitoramento.

Os magistrados foram afastados dos cargos na semana passada, após investigações que apontam indícios de corrupção e venda de sentenças. Contudo, a ordem judicial de monitoramento por tornozeleira ainda não foi cumprida, em uma manobra estratégica de suas defesas.

A determinação partiu do ministro Francisco Falcão, do STJ, em 24 de outubro, que solicitou a utilização do dispositivo de monitoramento eletrônico por cinco desembargadores: Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sérgio Fernandes Martins e Sideni Soncini Pimentel, atual presidente do TJMS e presidente eleito para 2025/2026, respectivamente.

Quase 10 dias após a Operação Último Ratio, os magistrados seguem sem o monitoramento eletrônico. Questionamentos encaminhados pelo Conexão Política para esclarecer a situação não receberam respostas.

A investigação, transferida do STJ para o Supremo Tribunal Federal (STF) após ordem do ministro Cristiano Zanin, aguarda uma posição definitiva.

A imposição das tornozeleiras foi uma medida alternativa ao pedido inicial de prisão, feito pela Polícia Federal (PF), que realizou as diligências em parceria com a Receita Federal (RFB).

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), responsável por gerenciar as tornozeleiras no âmbito do estado de Mato Grosso do Sul, afirma não ter recebido até o momento qualquer ordem judicial formal para executar a instalação nos magistrados.