o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
No último sábado (23), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o ex-presidente fez uma defesa robusta dos militares presos, envolvidos em um alegado plano que visava a morte de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
A repercussão do caso aconteceu após Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas, serem indiciados pela Polícia Federal (PF) devido a uma suposta tentativa de impedir a posse do presidente Lula (PT) após sua vitória nas eleições de 2022.
Bolsonaro descreveu as prisões como injustas, alegando que os quatro oficiais não deveriam estar detidos preventivamente e criticou as ações da PF, se referindo ao ministro Alexandre de Moraes como um "ditador" e a investigação como uma "piada".
“É absurda essa história do golpe. Vai dar golpe com um general da reserva e quatro oficiais superiores? Onde estão as Forças Armadas?”, questionou de forma retórica.
O indiciamento do grupo, que inclui figuras notáveis como o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, abrange graves acusações que incluem tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, com penas que podem chegar a 28 anos de reclusão.
Bolsonaro ironizou a ideia de um "golpe de táxi", referindo-se a um dos agentes presos que, segundo a investigação, não conseguiu encontrar um táxi no dia em que o suposto ataque estava planejado.
A afirmação foi acompanhada de uma crítica às atuações da PF, que, segundo ele, opera sob uma lógica "criativa".
Durante sua fala, o ex-presidente também comentou sobre a atual situação política nos EUA, elogiando Donald Trump por sua defesa da liberdade de expressão e reiterou que pretende concorrer nas eleições de 2026, afirmando que a "direita voltará fortalecida", apesar de sua inelegibilidade até 2030.
Na transmissão, Bolsonaro se mostrou disposto a responder perguntas de apoiadores sobre diversos temas, desde política até futebol.
Ele afirmou, entre risadas, que está se disfarçando para poder andar pelo Brasil sem ser reconhecido, demonstrando uma atitude descontraída mesmo frente à gravidade dos acontecimentos que o cercam.
As declarações de Bolsonaro refletem o clima de tensão política atual, enquanto a investigação da PF continua a gerar polêmica e divisões profundas na sociedade brasileira.