15 de Janeiro de 2025

AGROECONOMIA Quinta-feira, 23 de Março de 2023, 08:21 - A | A

Ministro anuncia que China suspendeu embargo à carne bovina do Brasil

Venda foi suspensa no início de março após detecção de caso atípico de vaca louca no Pará. Governos não informaram a data para a retomada das vendas

Redação PP

favaro e chines

 Importações foram suspensas no início de março. (Foto: Ministério da Agricultura | Reprodução)

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou que o governo da China suspendeu o embargo à importação de carne bovina produzida no Brasil.

Porém, os países não informaram a data para a retomada das vendas. 

A Embaixada da China no Brasil ainda não divulgou a decisão oficialmente. O ministro informou sobre a suspensão à TV Globo. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá para a China em três dias e deve encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, para discutir, entre outros temas, avanços na pauta comercial entre os países. 

Já o ministro Fávaro embarcou para o país na última segunda (20), quase uma semana antes da comitiva presidencial, e se reuniu com o ministro responsável pelo controle aduaneiro do país asiático, Yu Jianhua. 

Suspensão 

No início de março quatro países, China, Tailândia, Irã e Jordânia, suspenderam as importações de carne bovina de todo o Brasil, após um caso de vaca louca ter sido identificado no estado no fim de fevereiro.

Na época, laboratórios internacionais já tinham identificado que o caso de vaca louca era atípico e resultado do envelhecimento natural do animal. Na prática, isso significa que não havia risco de contaminação do rebanho. 

A Rússia, naquele momento, embargou apenas a carne exportada do Pará. Segundo o governo, a decisão afetou uma única planta frigorífica do Estado porque as demais já não exportavam carne para o país europeu. 

No caso da China, o próprio Brasil já havia suspendido as exportações por conta própria em razão desse caso isolado. O acordo bilateral entre as nações define “autoembargo” quando problemas assim são detectados. 

De acordo com a médica-veterinária, virologista e pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, Vanessa Felipe de Souza, no Brasil, em 20 anos de monitoramento da doença, nunca foi identificado a forma mais tradicional, que é quando o animal é contaminado por causa de sua alimentação.



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