Em participação na audiência pública promovida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), nesta quarta-feira (2), o prefeito Abilio Brunini (PL) aproveitou o momento para reclamar da falta de diálogo com a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Sinfra) e de prazos para as obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT). Ele também sugeriu readequações no trânsito da Capital, para desafagar principalmente o fluxo na Avenida do CPA e o acesso ao Centro Político Administrativo.
Brunini cobrou maior diálogo da Sinfra com o município e frisou que o que mais incomoda na obra do BRT, especificamente, é a falta de prazos. “A obra do BRT, a única coisa que incomoda é a falta de previsão. Quando você não tem uma previsão de como é o andamento, a gente não tem como a Semob, por exemplo, dar um apoio. A gente fica sabendo quase que na mesma hora que a população.”
Dentre as principais preocupações do liberal está a necessidade de “desafogar” o congestionamento na região do Centro Político Administrativo.
“Possibilidade de trocar a direção de uma via, aquela que sobe ao lado da Sefaz. Ela sobe e desce, do lado do Tribunal do Trabalho. Deixar só o sentido de descer. E outra via só no sentido de subir. Organizar com o Estado, por exemplo, rotas mais longas para acessar o Centro Político, que poderia ter um acesso externo, não pela avenida do CPA. Uma condição que faria o trânsito fluir”, sugeriu o chefe do Executivo municipal.
A via citada por Brunini é a rua Engenheiro Edgar Prado Arze, que tem acesso pela avenida do CPA. A rua conta com grande fluxo de veículos, principalmente em horários de pico, por ser a principal via de acesso de servidores aos principais órgãos do governo. Atualmente, o trajeto conta com mão dupla, mas o objetivo é reduzir para um único sentido, a fim de garantir maior fluidez.
A audiência pública foi promovida pela 29ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá – Defesa Ambiental e da Ordem Urbanística – para reunir o poder público municipal e estadual e discutir os impactos na mobilidade urbana das obras de infraestrutura em andamento na Capital.
Representantes da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT) e da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) marcaram presença na reunião.
O responsável pelo chamamento, o promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva, destacou a relevância do debate, em razão dos impactos da questão.
“A partir do momento em que você tem três obras de grande magnitude sendo feitas de forma simultânea no município, essas obras causam impactos, transtornos. Já que hoje temos um clima mais ameno politicamente entre Estado e município, acredito que é um momento propício para podermos trazer essa discussão de forma mais madura, para que possamos pensar formas de minimizar esses impactos.”