22 de Outubro de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 08 de Dezembro de 2023, 07:54 - A | A

20 Anos

Turma de 2003: juízes e juízas completam 20 anos de magistratura em Mato Grosso

Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJM

juiz wanderely

 Wanderlei José dos Reis

No dia 09 de dezembro, 34 juízes e juízas de Mato Grosso completam 20 anos de magistratura, período permeado por muita disciplina e afinco. Todos (as) continuam ativos (as) e comprometidos (as) com sua escolha de vida, desempenhando com comprometimento seus estudos e trabalhos. Eles participaram do concurso do Tribunal de Justiça de Mato Grosso em 2002, finalizado em 2003.

O gaúcho Wanderlei José dos Reis, coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Rondonópolis e titular da 2ª Vara Especializada de Família e Sucessões, foi o 1º colocado no concurso.

Para ele a data é muito significativa porque representa duas décadas de serviços prestados ao Poder Judiciário e à sociedade mato-grossense. “A magistratura é uma vocação, um verdadeiro sacerdócio, que exige muita dedicação, comprometimento, constante aperfeiçoamento técnico e uma preocupação e sensibilidade com o ser humano – notadamente com o jurisdicionado –, visto na sua integralidade. E a judicatura, especialmente na jurisdição de família, nos permite esse exercício diário porque trabalhamos com sentimentos das pessoas envolvidas nos processos e suas necessidades diversas. Além disso, enquanto magistrados(as), entendo que temos que nos questionar constantemente se estamos prestando um serviço de qualidade, de forma célere e adequada ao jurisdicionado”, explica Reis.

Nascido em Seberi (RS), o magistrado lembra que foi ainda adolescente para Dourados (MS) onde, aos 20 anos, ingressou por concurso público federal no Exército Brasileiro como militar de carreira. Cursou as faculdades de Matemática e Direito. Depois, em seu segundo concurso público, foi servidor de carreira do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-/MS) por 10 anos. Foi também delegado de polícia em Mato Grosso, aprovado em 1º lugar no concurso.

Além disso atuou como professor de Direito. É mestre, doutor e pós-doutor em Direito com 11 livros publicados, dois deles em Portugal e Espanha. Ele conta, que a mudança para Mato Grosso representou o maior desafio de sua vida e de sua família porque não conheciam nenhuma pessoa aqui e nunca tiveram nenhum familiar no Estado. “Deus é bom, Deus é maravilhoso. Tive a honra de ingressar na magistratura em 2003 e depois ser eleito em 2007 para a Academia Mato-grossense de Letras (AML-MT) e para a Academia Mato-grossense de Magistrados (Amam-MT) e angariar inúmeros amigos e amigas nesta terra de Rondon”, afirma o juiz.

Após sua posse em 2003, o magistrado jurisdicionou em Chapada dos Guimarães, iniciando ali sua identidade profissional com questões de gestão judiciária como o projeto de ampliação do fórum e a elevação da Comarca à 2ª entrância. “O fórum sob minha gestão foi considerado pelo Ministério da Justiça como um dos melhores modelos nacionais de gestão em 2004, como referência nacional.”

Posteriormente, assumiu a 1ª Vara Cível e a diretoria do foro de Sorriso, onde coordenou por anos a construção do fórum local e do fórum de Nova Ubiratã, participando da instalação da Comarca em 2005. Em 2013, promovido para Entrância Especial (final), passou a jurisdicionar em Rondonópolis onde permanece por opção, numa Vara de Família e Sucessões, além de coordenar o Cejusc local há alguns anos.

É o juiz coordenador da implantação da Justiça Restaurativa no município, ferramenta de conciliação que beneficia 41 mil alunos da rede escolar. O assunto é frequentemente destaque em várias matérias e entrevistas concedidas por ele veiculadas em âmbito nacional pela TV Justiça de Brasília (DF).

O juiz atua também, desde 2007, como professor-formador da disciplina “Diretoria de Foro e Gestão Judiciária”, nos cursos oficiais de formação inicial (COFI), da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT). Ele participou da formação de de sete turmas consecutivas de novos juízes estaduais e diz sentir “muita satisfação pessoal em poder compartilhar conhecimentos que angariou na carreira com os(as) novos(as) colegas desde os mínimos detalhes que fazem toda a diferença em sede da gestão de uma unidade judiciária”.

A juíza da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, relembra sua trajetória no interior até voltar à Cuiabá, sua cidade natal. Ela se tornou magistrada com apenas 25 anos e tomou posso como a primeira juíza da Comarca de Porto Alegre do Norte. Ela conta que esta comarca era “extremamente carente e de difícil acesso”.

“Pude perceber que o acesso à justiça faz a diferença na vida do cidadão. Foram treze anos de trajetória no interior. Quando retornei para minha terra natal em 2016, tive satisfação de ser promovida para uma vara de interesse social, onde continuo a jurisdicionar até a presente data. Busco todos os dias exercer a jurisdição dando o meu melhor para atender as mulheres em situação de violência, fornecendo um tratamento humanizado a todos os jurisdicionados que procuram o Poder Judiciário, bem como, trabalhando na rede de combate à violência doméstica para executar políticas públicas previstas na Lei Maria da Penha. Me sinto extremamente grata por fazer parte do Poder Judiciário de Mato Grosso”, afirma ela.

João Thiago Guerra também faz parte da turma de 2003. Ele, que atualmente é juiz auxiliar da Presidência do CNJ (2023/2025), fala sobre suas impressões depois de 20 anos de magistratura. “Vinte anos de magistratura não são 20 dias de magistratura. Foram 20 anos de muito trabalho, de muito aprendizado. Acho que todos nós, todos os colegas da turma de 2003 crescemos e amadurecemos. Nós ocupamos espaços importantes no TJMT, tanto no âmbito jurisdicional, quanto tivemos oportunidade também de ocupar espaço na administração do nosso tribunal. Parece que essa turma de 2003 já mostrou sua capacidade de contribuir para a melhoria do serviço judiciário, do poder. São 20 anos em que nós nos transformamos, nos reinventamos, estamos prontos, já comprovamos nossa capacidade de ajudar. É uma honra fazer parte do Poder Judiciário de Mato Grosso, é uma honra ter os amigos da turma de 2003. Eu fico muito feliz com a data de hoje”, afirma, o magistrado que foi juiz auxiliar da presidência do TJMT entre 2015 e 2018 e da Corregedoria-Geral da Justiça do TJMT, em 2021 e 2022.

Também tomaram posse em 09 de dezembro de 2003 os juízes Alex Nunes de Figueiredo, Ana Paula da Veiga Carlota Miranda, André Maurício Lopes Prioli, Carlos Jose Rondon Luz, Cláudia Beatriz Schmidt, Claudio Roberto Zeni Guimarães, Cleber Luis Zeferino de Paula, Débora Roberta Pain Caldas, Elza Yara Ribeiro Sales Sansão, Francisco Rogério Barros, Geraldo Fernandes Fidelis Neto, Gilberto Lopes Bussiki, Graciene Pauline Mazeto Correa da Costa, João Thiago de França Guerra, Jorge Iafelice dos Santos, Joseane Carla Ribeiro Viana Quinto Antunes, Julio César Molina Duarte Monteiro, Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, Lamisse Roder Feguri Alves, Leonardo de Campos Costa e Silva, Marcelo Sebastião Prado de Moraes, Mario Augusto Machado, Mirko Vincenzo Giannotte, Patricia Ceni dos Santos, Rachel Fernandes Alencastro Martins, Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento, Renata do Carmo Evaristo Parreira, Rhamice Ibrahim Ali Ahmad Abdallah, Silvana Ferrer Arruda, Silvia Renata Anffe Souza e Tatyana Lopes de Araújo Borges.

Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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ALTAIR de Jesus Borges 25/06/2024

Admiro muito a carreira acima é um Dom de Deus, parabéns pra todos Magistrados, especialmente o MM Wanderlei dos Reis, meu irmão de em 92/93. Satisfação

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