Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União) descartou que a divisão da base aliada do governador Mauro Mendes (União) seria uma espécie de 'traição'. A análise ocorre após o senador Carlos Fávaro (PSD) e o deputado federal Neri Geller (PP) decidirem sair do arco de aliança governista para viabilizar o projeto político do progressista de ser candidato ao Senado.
"Não tem traição nenhuma se ele seguir outro caminho. Não tem traição nenhuma. Eles têm ajudado o governo até hoje, ajudou a eleição do governador. [O Neri Geller] não tem como ele queria em ser candidato, então procurou o espaço dele. Assim como ele não pode falar que o governador traiu ele. Não tem traição de niguém. É apenas a circunstância política", analisou Botelho durante o anúncio do governador Mauro Mendes (União) em disputar a reeleição na segunda-feira (18).
Botelho afirmou que Mauro Mendes gostaria que o grupo permanecesse unido e todos os candidatos ao Senado em seu palanque, mas que acredita que isso seria impossível. "Eu nunca vi isso em ter apoiadores de vários presidentes junto. Porque a eleição já está polarizada. Não tem como", pontuou.
O chefe do Legislativo também afirma que mesmo que o senador Carlos Fávaro (PSD) não dispute o governo, Mauro Mendes terá adversário do palanque de Lula (PT) e Alckmin (PSB). "Nunca acreditamos nessa conversa de W.O. Se não for ele, terá outra candidatura".
Desde que se iniciou essa disputa interna na base entre Neri Geller e Wellington Fagundes (PL), para saber quem poderia ser o candidato ao Senado na chapa de reeleição ao governo, Botelho tem evitado declarar o seu apoio.
Ele também vê com preocupação um eventual apoio do partido no Estado ao projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), já que o União Brasil manteve a pré-candidatura do deputado federal Luciano Bivar ao Palácio do Planalto.