O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou o primeiro levantamento das intenções de confinamento em 2023 de Mato Grosso.
Os dados da pesquisa apontaram que o estado deve confinar 31,88% a menos de bovinos neste ano, no comparativo consolidado de 2022, quando 704.263 cabeças foram terminadas no cocho. A expectativa é que este ano, sejam confinados cerca de 479,77 mil animais.
Segundo a pesquisa, ao se comparar com a primeira projeção, divulgada em abril do ano passado, há uma queda de 9,46%. O volume previsto era de 529.910 animais, no mesmo período.
O estudo contou com a participação de 96 confinadores do estado. Dentre eles, identificaram que 61,05% dos informantes pretendem confinar. E 32,63% disseram que não vão confinar, já 6,32% ainda não se decidiu.
O preço do boi gordo continua sendo o principal fator de preocupação entre os pecuaristas. E isso porque, a arroba do boi saiu das máximas cotações e está cada vez mais baixa.
Valor da arroba
Preço dos insumos também impactam na lucratividade
Ao todo 14,84% dos entrevistados apontaram baixa lucratividade, em reflexo do alto custo de produção, e 14,29% indicaram o preço dos insumos.
Vale ressaltar que as cotações do milho e do farelo de soja, usados na nutrição animal, têm passado por uma forte pressão baixa nos preços.
Os preços do milho e do farelo de soja, por exemplo, já reduziram -28,66% e -25,15%, em abril de 2023 ante abril de 2022, respectivamente.
Alguns confinadores aproveitaram a onda de baixa nos preços dos animais de reposição e adiantaram a compra dos rebanhos a serem confinados.
Assim, garantiram um estoque de animais com preço baixo, considerando a importância do custo com aquisição de animais.