Neste domigo (13), moradores de Chapada dos Guimarães fizeram uma manifestação contra as obras na MT-251, região mais conhecida como Portão do Inferno.
A população reunida na praça, também colocou faixas na estrada, se mobilizam contra as obras que irá retirar uma parte das rochas do paredão, no intuito de evitar o desmoronamento, e apontam uma série de críticas e sugestões, para que uma obra mais moderna seja realizada. Veja vídeo AQUI.
Em agosto, manifestantes abraçaram o Portão do Inferno, em um ato simbólico contra as obras na MT-251. No início de outubro, o trânsito na região foi interditado para retirada de uma porção de vegetação da encosta do morro.
Segundo os moradores, é possível fazer uma obra mais moderna e que o atual projeto irá destruir um sítio arqueológico de 5 mil anos e um monumento natural de 350 milhões de anos. Eles protestam também que a obra vai impactar a economia da cidade com o fechamento da estrada.
Ainda de acordo com os moradores, existe um abaixo assinado com cerca de 16 mil assinaturas contra a obra.
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) informou que já providenciou o resgate do sítio arqueológico e que todo o trabalho é acompanhado e autorizado pelo instituto do patrimônio histórico e artístico nacional. A Sinfra também disse que a obra tem o objetivo de resolver os riscos e evitar acidentes, preservando vidas e a economia local.
Retadulamento
As obras realizadas são de retaludamento, técnica usada para evitar deslizamentos de terra e melhorar a segurança e a estabilidade do terreno, já que em dezembro de 2023 foram registrados duas quedas de rochas na região, em menos de 24 horas. Na época, o Governo de Mato Grosso decretou situação de emergência.
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra), antes das obras começarem de forma efetiva, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estarão no local para prestar serviços de controle ambiental e limpeza do terreno, que incluem o resgate de espécies da flora local e a retirada de animais da área.
A secretaria informou que a remoção da vegetação será realizada de forma manual, sem o uso de maquinário pesado, a fim de minimizar os impactos ambientais. Essa prática visa preparar o terreno para a próxima fase das obras, que inclui a abertura de um caminho de acesso seguro e eficiente.
O projeto prevê ainda a remoção controlada do maciço rochoso e a construção de taludes. As medidas devem contribuir para a preservação da região.
Por motivos de segurança, a Sinfra solicita aos motoristas que reduzam a velocidade e sigam a sinalização durante a execução das obras de retaludamento na MT-251. Apesar de não haver interdição completa, a velocidade deverá ser reduzida e a sinalização temporária seguida a partir do início das obras. No entanto, caso interrupções ocorram no fluxo do trânsito, a secretaria deve informar à população com ao menos sete dias de antecedência.