Passei a manhã toda revisando as minhas crônicas já revisadas, e encontrei espaços para ajustes que facilitassem à leitura.
Quanto mais escrevo mais encontro dificuldades com a nossa língua pátria.
Como é difícil o nosso português!
Vivo ‘aloitando com as vírgulas e hifens’, fugindo o possível do ‘advérbio de modo’.
Tenho dois bons dicionários da língua portuguesa para me ajudar, e o google nas emergências.
Quando acho que a crônica está pronta, envio à revisora que não é profissional, mas domina o nosso idioma.
Tenho ainda à distância um professor de português que me socorre, especialmente quando tenho de ‘hifenizar’.
Sou perfeccionista e fico chateado quando os leitores descobrem um errinho na crônica.
Sou contra ‘palavras que consolam’.
Muitos me dizem que ‘errar é humano’, é assim mesmo, leia os grandes jornais e editoras de livros impressos que têm revisores profissionais, e preste atenção nos erros que eles cometem.
Como estudei medicina, que privilegia o linguajar técnico, sou zombado pelos profissionais de letras.
A linguagem médica é de difícil compreensão sem a riqueza das letras.
Os meus primeiros textos saíam do computador e eram publicados sem revisão
Nessa época ainda atendia aos clientes no consultório e fazia procedimentos no centro cirúrgico do hospital.
Uma cliente, doutora em letras e professora da nossa universidade me contou que lia meus escritos.
‘Arrodeou o toco’ o quanto pode para dizer que eu precisava de alguém que revisasse meus textos.
‘Não ficava bem para um ex-reitor escrever com erros de português’.
Quando senti que escrever não era ‘fogo de palha’, convidei a Christina Meirelles para revisar meus textos.
E hoje reviso tudo que foi revisado, e mesmo assim deixo escapar de vez em quando erros evitáveis.
*Gabriel Novis Neves é médico, fundador e ex reitor da UFMT