Edna Sampaio é suspeita de esquema de ‘rachadinha’. Pedido de investigação também mira o esposo dela
O grupo Movimento Cuiabá Sem Corrupção protocolou pedido de investigação, em diversos órgãos de controle, contra a vereadora de Cuiabá Edna Sampaio (PT).
Edna é acusada de esquema conhecido como “rachadinha” – quando um político exige que seus servidores repassem a ele parte do salário ou verbas recebidas.
O pedido foi encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público do Estado (MPE), Corregedoria Geral do Governo de Mato Grosso, Prefeitura de Cuiabá, Câmara de Vereadores da Capital e Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor).
O grupo também pediu que sejam investigados o esposo da vereadora, Willian Sampaio; a ex-chefe de gabinete dela, Laura Abreu e os demais chefes de gabinete que antecederam ou sucederam Laura.
Além disso, requereu o bloqueio de R$ 154 mil da conta bancária da vereadora, valor supostamente repassado pelos chefes de gabinetes para Edna.
“Ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso que bloqueiem o valor de R$ 154.000,00 (na conta bancária da vereadora Edna Sampaio para não haver prejuízo ao patrimônio público. Tal valor corresponde a quantia recebida pelos (as) Chefes (as) de Gabinete da vereadora Edna Sampaio do mês de janeiro de 2021 até abril de 2023”, diz trecho do documento.
O suposto esquema
Comprovantes bancários, áudios e conversas de WhatsApp indicam que a vereadora recebeu pelo menos R$ 20 mil de Verba Indenizatória (VI)repassado gradualmente pela sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu – que foi exonerada mesmo estando grávida.
Nessa segunda-feira (15), a Comissão de Érica da Câmara de Vereadores de Cuiabá instaurou um processo disciplinar que pode levar a cassação do mandato de Edna.
A Comissão atendeu um pedido feito apresentado pelo vereador Luis Cláudio (PP), da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O procedimento será relator pelo vereador Rodrigo de Arruda Sá (Cidadania)