O ex-jogador do Cuiabá Esporte Clube, Deyverson, abriu o jogo sobre a relação com o presidente do clube, Cristiano Dresch, e os motivos que levaram ao seu afastamento e saída oficial do Dourado, em agosto de deste ano.
Atualmente, ele defende o Atlético Mineiro. Entre os fatores estão represálias, multas "insignificantes" e renovação de contrato pelo mesmo valor, segundo falou o jogador durante participação no PodPah, podcast apresentado pelos influenciadores digitais Mítico e Igão.
Deyverson contou que ao ser chamado para o Cuiabá, ele estava com malas prontas para jogar na Arábia Saudita. Mas esse não era seu desejo e, ao receber o convite do então técnico do time, o português António Oliveira, ele "não pensou duas vezes".
"Final do contrato, fomos conversar para renovar. Queria me dar mais dois anos e meio, só que nas mesmas proporções. Falei: 'pô, fiz 12 gols, time estava caindo, fui bem para caramba. Fiz seis gols no primeiro ano [...] depois fiz 12'. Falei, vamos sentar e conversar isso certinho, só que ele não quis me ouvir, não quis melhorar, quis dar o mesmo [valor do contrato]. Falei, então vou ficar aqui até o final do contrato, sou profissional, vou dar a vida'. Não tenho esse de se não vai renovar vou ficar fazendo corpo mole. Só que ele achou que eu ia fazer corpo mole", contou.
Como represália por negar renovar o contrato pelo mesmo valor, Deyverson revelou que Cristiano determinou que ele treinasse separado de outros jogadores por um mês e meio. Ele contou ainda que precisava chegar ao clube pontualmente às 8h e começar a treinar às 8h30. Se atrasasse, era multado. Deyverson ainda afirmou que era submetido a apenas treinos físicos debaixo do sol da Capital.
"Me multou várias vezes. Tudo que ele falou de mim não é verdade. Treinei um mês e pouco sozinho sem ver ninguém. Aí teve o jogo do Palmeiras e Cuiabá, já joguei no Palmeiras, os 'caras' me chamaram no vestiário e ele ficou bolado: "manda esse moleque embora daqui". Nem entrei no vestiário, fui embora. Eu sempre falei com todo mundo, com todo time que a gente jogava e nesse dia ele ficou bravo", contou.
Após o episódio, Deyverson contou que não era mais convocado para os jogos, além de sofrer com três multas em sequência. Em abril deste ano, Cristiano Dresch disse em entrevista coletiva após jogo do Cuiabá com Atlético Mineiro que Deyverson não iria jogar mais pelo clube "até segunda ordem".
Segundo o jogador, ele poderia retornar às partidas somente se renovasse o contrato pelo mesmo valor que havia sido proposto. Já em agosto, ele oficializou a saída do Dourado e foi para o Galo.
"Ele falou que ninguém me queria, vários [clubes] me ligaram. É o clube dele, não compactuo com muitas coisas que ele faz, mas é o clube dele, faz o que acha melhor", disse Deyverson, completando que mesmo após ser afastado, ele voltou e fez dois jogos finais pelo clube mato-grossense, até que recebeu a proposta do Atlético Mineiro.