A Transparência Internacional Brasil expressou preocupação com a falta de informações públicas sobre Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, primeira-dama do Brasil, após a recusa do governo Lula em responder a pedidos de informações feitos por veículos de comunicação e organizações civis.
Entre os pedidos negados, destaca-se o do blog da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, e da ONG Fiquem Sabendo, que solicitaram dados sobre a agenda de compromissos e a equipe de apoio de Janja.
Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional Brasil, enfatizou em suas redes sociais que, ao exercer uma função pública, a primeira-dama deve ter suas atividades formalizadas e publicadas.
A ausência de transparência sobre sua agenda e responsabilidades foi apontada como uma violação de princípios fundamentais da administração pública, como a lei de acesso à informação e a lei de conflitos de interesse.
A recusa do governo em fornecer essas informações começou em dezembro de 2024, quando a coluna de Malu Gaspar pediu detalhes sobre a agenda de Janja, mas a Casa Civil argumentou que a primeira-dama não ocupa um cargo público e, portanto, não teria obrigação de divulgar suas atividades.
A ONG Fiquem Sabendo também teve seus pedidos rejeitados, incluindo a solicitação de dados sobre a equipe de apoio de Janja.
A falta de clareza sobre o papel da primeira-dama e a resistência do governo em divulgar informações sobre sua atuação geraram preocupações sobre a transparência na administração pública, reforçando a necessidade de maior fiscalização sobre figuras que desempenham funções relevantes no governo, mesmo sem um cargo oficial.
