Aos 28 anos, Morgana Ens trilhava um caminho promissor na medicina veterinária, com graduação e mestrado na área.
Mas, há cerca de dois anos, a vida a presenteou com o maior amor: seu filho Wolfgang.
E foi por ele que Morgana decidiu mudar completamente de carreira, ao trocar o jaleco pelo pincel.
Movida pelo amor incondicional ao filho, ela tomou uma decisão corajosa: mudar de carreira. Mas, a transição não foi fácil e aconteceu aos poucos, tendo como aliados amigos, que foram essenciais para que ela desse o primeiro passo.
“Comecei a fazer brinquedos montessori para o meu filho e comecei a vender esses brinquedos. Pintava os brinquedos e divulgava. Depois pintei a parede de casa, amigos viram e acharam bonito. Na época, eu falava assim: ‘gente, paga só o material, que eu pinto sua parede, pode ficar bom ou não’”.
Morgana lembra que algumas marcas notaram suas pinturas e ela começou a fazer vídeos de divulgação.
“E meu filho sempre comigo. Ia pintar e colocava ele no canguru, ou ele ficava no chão olhando. E foi crescendo e acompanhando tudo, desde o começo estava comigo”.
Hoje, com 30 anos e há dois atuando como pintora de murais, Morgana avalia que foi uma transição muito necessária.
“Se continuasse na outra profissão, não teria o que prezo hoje, um pouco mais de qualidade de vida e saúde mental. Hoje, consigo cuidar dele, me dar ao luxo de ter um final de semana, de poder me organizar, de pagar minhas contas. E isso foi graças a arte e as empresas que acreditaram em mim”, diz.
Sobre o futuro, Morgana afirma que não se vê voltando a atuar como médica veterinária, mas ainda quer realizar um sonho antigo: passar no concurso da polícia.
“Era uma coisa que estudei bastante. Inclusive, ia fazer o último concurso que teve, mas acabou que foi realizado no final de semana que pari. Então, estava internada, bem na semana que teve o concurso. Mas, vejo hoje que não era para ter sido naquele momento. Almejo o concurso da PM, até por um desafio próprio”.
Enquanto isso, ela quer aperfeiçoar sua arte e trazer mais cor para Cuiabá. “Está sendo legal, uma caminhada muito bacana dentro da parte artística e tem muita coisa para acontecer”.
Para quem sonha em mudar de profissão, ela dá o recado: “Não há nada de errado em você começar com 20, terminar com 30, mudar de profissão aos 40. Confia no processo, tudo vai dar certo no final. Com, ou sem apoio, as pessoas vão falar, mas sempre vai ter um fã seu”. O dela é o Wolfgang.
